Uma cúpula global realizada em Seul na terça-feira apresentou um novo “plano de ação” destinado a regular o uso responsável da inteligência artificial (IA) em contextos militares. Este documento oferece diretrizes mais práticas em comparação com uma iniciativa semelhante do ano passado, embora continue sendo juridicamente não vinculativo.
Avanços em Relação à Cúpula de Amsterdã do Ano Passado
A cúpula de Seul baseia-se nas discussões de uma reunião semelhante realizada em Amsterdã no ano passado. Naquele evento, cerca de 60 nações apoiaram um “apelo à ação” mais geral, que carecia de compromissos legais. A cúpula deste ano visava avançar nessas discussões fornecendo uma estrutura mais detalhada e prática.
Passos Concretos em Direção ao Uso Responsável da IA
O Ministro da Defesa dos Países Baixos, Ruben Brekelmans, destacou a mudança da compreensão conceitual para a ação prática. “Estamos dando passos concretos adicionais,” disse Brekelmans à Reuters. “O ano passado foi mais sobre criar um entendimento compartilhado; agora estamos avançando para a ação.”
O documento atualizado inclui diretrizes específicas sobre avaliações de riscos, condições essenciais para manter o controle humano e estratégias para construir confiança para gerenciar os riscos associados à IA. Também aborda a questão crítica de prevenir o uso da IA para proliferar armas de destruição massiva por vários atores, incluindo grupos terroristas, e enfatiza a necessidade de supervisão humana no emprego de armas nucleares.
Alinhamento com Princípios Existentes e Discussões Futuras
Funcionários sul-coreanos observaram que o novo plano está alinhado com princípios previamente estabelecidos, como a declaração do governo dos EUA sobre o uso responsável da IA no setor militar. Apesar dessas semelhanças, a cúpula de Seul visava promover uma abordagem mais inclusiva e colaborativa, garantindo que as discussões não fossem dominadas por nenhuma nação ou entidade específica.
Os próximos passos envolvem determinar o local e o momento para futuras cúpulas para continuar o diálogo sobre o uso responsável da IA em aplicações militares. O objetivo é manter uma abordagem de múltiplas partes interessadas e abordar os desafios evolutivos apresentados pela IA em contextos de defesa.